Facebook - Pedagogia da Depressão |
Que as redes sociais competem com os estudos é um fato. Facebook,
Twitter e entre outras redes sociais acabam sempre a batalha de “estudar ou
navegar na rede”. Para contornar esta situação, a união dos dois para otimizar
os estudos é imprescindível.
Pego como exemplo o quase extinto Orkut, onde alguns professores criaram
comunidades sobre a matéria e usavam os fóruns para propor atividades, criar
debates e ser um meio de comunicação aluno-professor para tirar dúvidas.
Mas o Orkut perdeu sua popularidade para o Facebook, que a principio,
como toda novidade roubou toda a atenção dos jovens, que passaram a ficar horas
postando fotos e comentando publicações de amigos, esquecendo do tempo para o
estudo. Como tudo na vida é uma questão de adaptação, foram criados grupos no
Facebook para a interação dos alunos, mantendo as mesmas funções que existiam
no Orkut, mas com uma comunicação maior entre os alunos, numa troca de
informações.
Conclui-se que essa união torna a relação do estudo com as redes sociais
harmoniosa, certo? Errado.
Segundo um artigo do site REVISTA
PONTOCOM, uma estudante do Rio de Janeiro foi coagida pela direção da escola
por criar uma comunidade no Facebook para debater assuntos escolares e divulgar
respostas dos deveres de casa. O caso foi parar na policia.
A ação da aluna foi analisado como resultado do sistema de avaliação
conservador da escola, que indiretamente incentiva a necessidade dos alunos
colarem. O site ainda divulga a opinião de alguns especialistas da área:
“Segundo o professor Sérgio Lima, o episódio é um
prato feito para as escolas que desejam continuar fechadas para o novo mundo
tecnológico. Mas também é, ao mesmo tempo, uma ótima reflexão para as que
querem ampliar suas potencialidades e limites. As escolas que querem uma
desculpa para continuarem no século XIX poderão tomar este episódio como
argumento a favor de seu neoludismo – uma ideologia que se opõem às novas
tecnologias. Já as escolas que sabem que os desafios para se educar no nosso
atual contexto informacional são enormes tomarão este episódio como um convite
para a reflexão”.
O artigo trás também a opinião de outros
especialistas da área educacional, mostrando uma opinião interessante sobre o
uso da tecnologia nas escolas, onde aparecem conceitos sobre a produção
coletiva e alertando que escolas que ainda não se adaptaram com a interação
tecnologia podem estar educando os alunos nos conhecimentos lineares, mas que
também as escolas que "estão um passo a frente" utilizando as redes
sociais devem ter um planejamento pedagógico consistente para que o ensino
funcione.
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